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CRM aponta falhas na central de regulação do Samu no PI

Diretora do órgão teria tentado impedir ação do Conselho, que agiu após várias denúncias


Diversas irregularidades foram constatadas pelo Conselho Regional deMedicina do Piauí (CRM), após uma vistoria na Central de Regulação do Samu Estadual. A visita do conselho ocorreu na última sexta-feira (18/03), após denúncias do Ministério Público Estadual – MPE, do Sindicato dos Médicos do Piauí, bem como da direção clínica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.

A fiscalização comandada pelos conselheiros Emmanuel Fontes, presidente do CRM-PI, pelo chefe do departamento de fiscalização, Paulo Matheus Pereira Nunes e pelo diretor Caetano Cortez Rufino Filho, aconteceu mesmo com a tentativa de bloqueio do trabalho dos fiscais, com ordem da coordenadora geral da Central Estadual de Regulação, enfermeira Christiane Mâcedo da Rochal Leal.

Segundo nota encaminhada pelo CRM, “assim que os conselheiros chegaram à sede da Central de Regulação do Samu Estadual e iniciaram o trabalho, a coordenadora do órgão, que não estava presente, enviou um funcionário avisando que os fiscais deveriam se retirar do local e comparecerem em dia e hora marcados, pois a presença do CRM-PI poderia atrapalhar o serviço no setor de regulação. Entretanto, os conselheiros, utilizando de suas prerrogativas legais e regimentais, deram continuidade ao processo de fiscalização”.

Entre as denúncias constatadas, a falta de estrutura nas instalações físicas, não fornecimento de refeição para os profissionais plantonistas do regime de 12 horas; falta de condições adequadas para o repouso médico e dos demais plantonistas, com camas sem lençóis, quarto sem ar condicionado e sem privacidade quanto às janelas, além de repouso médico improvisado em um depósito; cadeiras quebradas; ausência de copos descartáveis e telefones sem identificador de chamadas, além da reclamação dos funcionários de que a rede de telefonia é ruim, oferecendo chiados. Há também denúncias de que os profissionais médicos estejam sofrendo constrangimentos e assédio.





No aspecto funcional, a Central Estadual de Regulação de Internações Hospitalares, que atende mais de 100 municípios, é precária, pois onde faltam médicos, fica inviabilizado o serviço de regulação, sobrecarregando o trabalho das equipes do Samu Estadual. Segundo outra denúncia recebida, no Samu aéreo a escala encontra-se incompleta, com somente cinco profissionais, o que dificulta a sua adequada operacionalização, além disso, embora a aeronave tenha incubadora, falta o ventilador neonatal, imprescindível para salvar a vida de recém- nascidos. A aeronave também é despressurizada, o que pode restringir o transporte de determinados pacientes graves.

O relatório da fiscalização será encaminhado para a reunião da plenária do Conselho para que sejam tomados os devidos encaminhamentos para providências quanto às punições previstas em lei e em resoluções do CFM. Além disso, encaminhará ofício ao Ministério do Trabalho para apurar denúncias de assédio.












*Com informações do CRM-PI
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