Ainda segundo a publicação, a Credencial, que tem sede em Sumaré, em São Paulo, pertence a Eduardo Aparecido de Meira e Flávio Henrique de Oliveira Macedo, presos em maio na 30ª fase da Lava Jato. A reportagem afirma que a firma seria usada pelos donos para intermediar negócios no governo federal – em áreas de óleo e gás, energia e tecnologia – com vínculos com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (governo Lula). A força-tarefa considera ter provas do repasse de dinheiro de corrupção da Credencial para Dirceu em contratos de fornecimento de tubos para obras da Petrobras.
De acordo como o jornal, os investigadores buscam agora informações sobre quem a Credencial – suspeita de ser de fachada – pagou em serviço prestado à Ação Informática no contrato do Banco do Brasil. Quebra de sigilo bancário da Credencial revelou a transferência de R$ 4,9 milhões da Ação Informática, nos meses seguintes ao contrato com o banco estatal. A força-tarefa suspeita que os pagamentos para a investigada por corrupção e lavagem tenham ocultado propina para agentes públicos e políticos.